balloonblogcartclockclosedownfacebookfilterheartinfo-barsinfo-cardinfo-medalinfo-packageinstagrammailmenunextprevioussearchtelephonetwitteruservideowhatsapp
10/03/2020

A ORIGEM DAS ARTES MARCIAIS CAPITULO VI -A ORIGEM- parte 4 de 5

Capítulo VI – As Origens – parte 4 de 5 por Valdir J. Coppini


Conforme os registros vão ficando mais detalhados, o panorama histórico das Artes Marciais passa a ter mais elementos para confirmação das linhas de evolução dos estilos e formas de combate; no Oriente, sempre em estreita ligação com as religiões e sistemas filosóficos, chegam à posteridade através dos detalhados apontamentos efetuados por monges, guerreiros e mestres de artes marciais de várias linhagens, notadamente Taoísmo, Budismo e Xintoísmo; no Ocidente, a luta livre, o pugilato e o pancrácio se desenvolvem e atravessam a Era Cristã contando, inclusive, com registro dos lutadores campeões das Olimpíadas gregas, como os efetuados por Eusébio de Cesareia, um bispo cristão erudito, considerado um grande historiador do cristianismo primitivo, que viveu aproximadamente entre os anos 265 e 339 d.C. e era amigo do Imperador Romano Constantino.

Da China antiga, os registros das batalhas do ano 2674 a.C. contam que alguns nobres juntaram exércitos para derrubar o Imperador, porém foram derrotados na revolução por um grupo do exército imperial especialmente treinado em uma arte marcial que imitava os gestos de alguns animais, denominada Wushu. Na Índia, a classe dos guerreiros, chamada de Kshastriyas, mantinha um sistema de luta e defesa pessoal que possivelmente foi praticada pelo príncipe Sidarta Gautama, nascido no Nepal que, mais tarde, ao criar o Budismo, incorporou à esta religião a prática da arte marcial como método para unificar corpo e mente e também se defender em longas jornadas à pé.

O Budismo chegou à China durante a Dinastia Han (25-220 d.C.) e no ano de 64 d.C. o Imperador chinês Ming Ti enviou caravanas à Índia por motivos religiosos, quando estes viajantes, durante a travessia dos himalaias, conviveram com diferentes escolas do budismo tibetano. O Indiano Bodhidharma, conhecido por Ta Mo em chinês e Daruma Taishi em japonês, foi o 28o Patriarca do Budismo; filho do rei Sughanda, recebeu primorosa educação militar sob a tutela do mestre Prajnatara e foi à China para restaurar o Budismo, tendo chegado ao Templo Shaolin, na província de Fukien, no ano 525 d.C. Neste Templo, o Mestre Bodhidharma criou o que ficou conhecido na China como o pensamento “Ch’An”, que mais tarde influenciaria profundamente o pensamento japonês, onde passaria para a História como o “Zen”.
...(continua no próximo Capítulo)

Os textos desta coluna são prévias do livro que o autor lançará em breve e estão protegidos pela Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998). Proibida a cópia e reprodução./2019