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28/04/2020

A ORIGEM DAS ARTES MARCIAIS CAPITULO VI -A ORIGEM- parte 5 de 5

Capítulo VII – As Origens – parte 5 de 5 por Valdir J. Coppini

Bodhidharma mesclou o antigo Wushu chinês com a arte marcial indiana Vajramushti. Nos templos Shaolin, o Ch’An e o Wushu eram ensinados juntos, filosofia e práticas de combate com os mesmos fins: elevação espiritual, defesa pessoal com o mínimo de danos ao adversário e desenvolvimento intelectual.

Independentemente das nomenclaturas que as artes marciais eram designadas em épocas passadas, bem como aos vários idiomas empregados ao longo do tempo, evoluíram em dois grandes ramos, o Ocidental, que originou-se, sobretudo, do Egito, da Mesopotâmia, da Grécia e de Roma e o ramo Oriental, que originou-se na Índia, na China, Nepal e Tibete, principalmente. As nações próximas foram influenciadas em maior ou menor grau pelas técnicas dos vizinhos e no decorrer das gerações aperfeiçoaram e criaram seus próprios métodos e sistemas de artes marciais.

Também é necessário fazer justiça aos africanos, povos indígenas e outras tribos de todos os continentes que, com maior ou menor grau de isolamento, mantiveram suas técnicas e tradições guerreiras em festas e círculos de combate dos mais diversos. Para citar apenas um exemplo, no Brasil, na região do Alto Xingu, é realizada uma cerimônia conhecida por Kwaryp, onde lutadores de diversas tribos indígenas se enfrentam numa luta chamada de huka huka e numa competição de arremesso de flechas. O combate de huka huka é uma espécie de luta livre, que inicia com os adversários de joelhos e mãos no chão e cada um tenta derrubar seu oponente segurando-o por detrás dos joelhos; geralmente, basta um contendor conseguir segurar os joelhos do seu opositor para ser declarado vencedor.

De sua origem guerreira, as Artes Marciais foram, com o tempo, se aperfeiçoando e migrando para competições atléticas e esportes de combate, com regras e normativas próprias, mas sempre com o cunho original da arte da guerra, preservado na prática voltada à defesa pessoal sem o uso de armas, embora alguns estilos de Artes Marciais mantenham ainda em seu escopo tradicional o ensino de armas brancas, como o arco e flecha, espadas, bastões, punhais, entre outras.

Os textos desta coluna são prévias do livro que o autor lançará em breve e estão protegidos pela Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998). Proibida a cópia e reprodução./2019