A ORIGEM DAS ARTES MARCIAIS CAPÍTULO VIII – HISTÓRIA MODERNA

Capítulo VIII – História Moderna por Valdir J. Coppini

Após a fusão das antigas Artes Marciais chinesas e indianas ocorrida nos templos budistas da China, com destaque para os Templos de Shaolin (houveram cinco deles), a difusão do Budismo passou a carregar consigo, como também ocorrera com o Taoísmo, o ensinamento das técnicas de combate corpo a corpo juntamente às técnicas espirituais e de meditação.
A partir da China, por volta dos séculos V e VI, os conhecimentos compilados por Bodhidharma se expandiram por praticamente toda a Ásia. Assim, a China aprimorou seu já antigo Wushu em um desdobramento de vários estilos de luta, conhecidos no Ocidente pela alcunha genérica de Kung Fu; o Japão, que também tinha antigas tradições de lutas, ganhou, juntamente com o Zen, as origens dos modernos estilos de lutas, entre eles o Jiu Jitsu, Kendô, Aikidô, Judô e Karatê; na Coreia o mesmo aconteceu, com o desenvolvimento principalmente do Tae Kwon Do e Apkido; na Tailândia, o povo originalmente descendente de chineses desenvolveu o Muay Thai e outras artes de combate. Além destes estilos mais famosos, inúmeros povos orientais mantiveram suas tradições, lutas e rituais peculiares, muitas vezes mesclando conhecimentos estrangeiros e a estes colaborando eventualmente com técnicas específicas.

O Ocidente também aprimorou suas técnicas de luta, que se desenvolveram em estilos como, por exemplo, o Boxe, a Luta Livre e os esportes de combate nacionais ou regionais, como o Savate francês, a Capoeira brasileira, o Sambo russo e o Krav Magá israelense. Outra contribuição importante do Ocidente foi o aprimoramento e renovação de alguns estilos tradicionais de Artes Marciais, como o Jiu Jitsu Brasileiro, derivado do antigo Jiu Jitsu japonês, o Full Contact, derivado do Karatê e do Boxe e o Jeet Kune Do, derivado do Wing Chun chinês, um dos estilos de Kung Fu como genericamente é conhecido no Ocidente.